Colaboração: Dilce Maria Alves Feitosa (Camaragibe - PE).
Esse é um bom debate para a Economia Solidária, pois que modelo é esse que não leva em conta nem o povo nem o meio ambiente? Faço parte de um grupo de ambientalistas que está fazendo um levantamento dos problemas ambientais de Pernambuco. Como os problemas maiores ou os mais visíveis são os de Suape, os dossiês que têm saido são de arrepiar qualquer pessoa mais sensível aos problemas ambientais ou aos direitos humanos. Pernambuco tem uma Política de Enfrentamento as Mudanças Climáticas e um Plano Estadual de Enfrentamento as Mudanças Climáticas, pois bem, nem a Política nem o Plano dá alguma idéia de como Pernambuco fará para recuperar a área, nem aponta como incluir os moradores que hoje estão excluidos por conta do desenvolvimentismo do polo Suape. Ao contrário, o Plano aponta para muitos absurdos se for lido nas entrelinhas. Para termos uma idéia: O Polo gesseiro hoje, está com problemas de funcionamento porque desmatou toda a caatinga usando a lenha, sabe qual a grande solução encontrada para o problema? A solução é de uma contradição tão grande que seria cômico se não fosse tão trágico: Plantar uma floresta de eucalipto, e ainda com a desculpa mais hipocrita do mundo, o povo da região não poderá sobreviver sem o polo gesseiro, e quando dizemos que não existe apenas a energia fossil, que eles poderiam usar a energia solar, eles não respondem e mudam de assunto. Eles, as transnacionais e algumas empresas nacionais, destruiram outros países e até outras regiões do Brasil, e agora estão vindo com toda força para Pernambuco, onde estão tendo os maiores incentivos. E como estamos nós diante de tudo isso? Correndo atrás do prejuizo e gritando quando o estrago já está feito. Não estamos conseguindo nos antecipar aos acontecimentos, porque são muitos, e principalmente porque estamos muito desmobilizados.
Já que voce provocou e eu estou com o assunto entalado na garganta, digo que, Pernambuco está para instalar Usinas de Incineração do lixo urbano, sem nenhuma precaução, ou seja, sem que tenhamos a garantia de que esses incineradores terão filtros e sem que haja a coleta seletiva funcionando a contento, e o que é pior sem discutir o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos com a sociedade. Se uma cidade se mobiliza e não aceita a Usina, eles partem para outra cidade, e como o que mais temos são cidades que nem sabem mesmo o que isso significa, uma cidade dessas será a escolhida e depois todos nós, vamos pagar a conta, com sérios problemas de saúde. Será que vamos ficar pagando para ver no que nisso vai dar?
Desculpe o desabafo!
Abraços
Dilce Maria Alves Feitosa (Camaragibe-PE).
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